sábado, 26 de setembro de 2015

Conferência: Bullying e o olhar da Psicologia Moral

No dia 17 de setembro a UFSJ recebeu a Profª Drª Luciene R. Paulino Tognetta (UNESP) para uma conferência sobre Bullying e Psicologia Moral. A conferência foi uma promoção do  Programa de Extensão (PROEXT/MEC) PsicoEducar e do Grupo de Trabalho Profissionais em Psicologia Escolar/Educacional e Psicopedagogia da Região das Vertentes (GTPEPSI), contando com o apoio da UFSJ.


Luciene possui graduação em Licenciatura em Pedagogia, mestrado em Educação, Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano com período Sanduiche pela Universidade de Genebra e pós doutorado pela Universidade do Minho de Portugal. É professora do Departamento de Psicologia da Educação da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp - Campus de Araraquara e também pesquisadora e vice-líder do GEPEM - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral - Unicamp/Unesp. Desenvolve ensino, pesquisas, intervenções nos seguintes temas: moralidade, ética, desenvolvimento afetivo, convivência escolar e bullying, e também é autora de livros de Literatura Infantil.

A conferencia aconteceu no Anfiteatro da Biblioteca do Campus Dom Bosco, onde estavam presentes, além dos alunos de psicologia e outras áreas de licenciatura da UFSJ, profissionais das áreas de psicologia, psicopedagogia e educação. Inicialmente Luciane nos mostra um vídeo onde uma aluna é agredida em uma escola ‘’por ser bonita demais”. O desconforto e a angústia tomam conta da plateia lotada do anfiteatro. Em seguida a conferencista lança uma provocação: “Que perguntas e observações podemos nos fazer diante desse vídeo? ”. As respostas dos presentes vieram em grande proporção:“Onde estão os adultos dessa escola? Porquê quem estava assistindo não fez alguma coisa? A ação da agressora foi premeditada? O que a garota fez para ser espancada? Que atitude tomou a direção da escola após o ocorrido?”. A partir daquelas respostas e perguntas que surgiram como reação ao vídeo a conferencista passou a articular uma concisa exposição dos conceitos sobre o bullying, de forma reflexiva e contando com a participação do público, fazendo desse momento um encontro imensamente produtivo.

Luciene falou-nos com propriedade, com total domínio do assunto. Apresentou exemplos práticos, e o melhor de tudo, apresentou soluções. Tivemos oportunidade de conversar com alguns alunos da graduação de Psicologia após esse encontro, e dos pontos mais marcantes da conferência, destacaram o clima que Luciene cria com o público. “Ela nos deu uma aula” e “respondeu bem as questões que apareceram”. Outro ponto bastante comentado entre os alunos foram as reflexões críticas sobre o problema do bullying. Uma das características que diferencia o bullying de outros conflitos é que ele acontece sempre longe dos olhos de autoridades e de forma repetitiva. Quem sofre bullying experimenta todos os dias uma perda de valor diante dos outros, esses outros são seus iguais, que participam da construção de sua identidade. Por que age assim quem se submete ao bullying? Por que quem pratica se acha pertencedor desse direito? Qual o papel do público ou expectadores que assiste calado ou incentiva esses atos? Sabe-se que são esses expectadores que promovem o autor e permitem essa desvalorização do alvo. Sem público não há espetáculo. Os atos de bullying são escondidos aos olhos da autoridade, mas dos pares não. O autor de bullying precisa que todos saibam o que fez com a vítima. Os espectadores, muitas vezes, ficam do lado dos mais fortes ou são indiferentes, por medo de se tornarem a próxima vítima. Falta a eles, dentre outras coisas, o sentimento de indignação?


Mas apesar da complexidade do tema, de este não poder ser reduzido a outros tipos de preconceito ou violação de direitos, a autora reconhece que há soluções. Todos os envolvidos com a Educação (educadores ou não) precisam entender de fato que tipo de violência é esta, para depois pensar em propostas efetivas de intervenção. Seguindo o adágio “Para acabar com a guerra é preciso, antes de entender a guerra, entender o guerreiro” a conferencista apresenta inúmeras pesquisas que buscam conhecer melhor os três “personagens” desta tragédia premeditada: o autor (ou Buller), a vítima e o público ou expectadores. Verifica-se, através das pesquisas, que o autor de bullying é um sujeito que possui uma escala de valores invertida, em que respeito, generosidade, solidariedade não são valores centrais para essas crianças e adolescentes. Por isso, é importante destacar que ele também precisa de ajuda, pois são sujeitos que carecem de “sensibilidade moral”, ou seja, não enxergam no outro um sujeito digno de respeito e por isso não consegue se sensibilizar com a dor alheia. Ao contrário do que as escolas têm feito quando identificam os autores, que é aplicar castigos ou punições, o que podem fazer é aplicar medidas que reforcem a reciprocidade, que estejam relacionadas com as ações do sujeito, encorajá-los a pedir desculpas e incentivá-los a reparar o mal causado ao outro, para que possam refletir sobre o que fizeram. 

Por sua vez, os alvos de bullying não têm forças para lutar contra seus agressores porque se veem como diferentes e indignos de valor. É preciso ajudá-los a se ver com valor, a se respeitarem para que possam sair do “estado” de vítima. 

Mas a escola precisa trabalhar também com os espectadores, são eles que promovem, estimulam ou dão razão ao autor. Portanto, precisamos trabalhar com os sentimentos desses sujeitos que têm dificuldade ou não conseguem se indignar, precisamos questioná-los: como vocês se sentiriam se isso acontecesse com vocês? O que vocês poderiam fazer para que isso não acontecesse mais? Para isso, é preciso construir espaços que envolvam a formação ética dos alunos (equipes de ajuda). Pouco adianta punir, julgar, denunciar à polícia. O que precisamos é formar cidadãos com valores morais.

Para saber mais sobre Luciene: https://www.facebook.com/lutognetta?fref=ts

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Grupo de Trabalho em Psicologia Escolar/Educacional e Psicopedagogia da Região das Vertentes

O GTPEPSI é um grupo de trabalho em Psicologia Escolar/Educacional e Psicopedagogia, formado por profissionais e interessados da região das vertentes, sob a coordenação do Professor Dener L. Silva (DPSIC/UFSJ) .O grupo faz reuniões mensais, e tem o proposito de realizar troca de experiências, aprimoramento e reconhecimento profissional.

Síntese do Segundo encontro, 14 de fevereiro de 2014:

Síntese do terceiro encontro, 24 de março de 2014:




Síntese do quarto encontro, 09 de maio de 2014:





















Síntese do quinto encontro, 08 de agosto de 2014:






















Para saber mais acesse: www.facebook.com/grupopepsi

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Educação: entre a vocação e o descaso



Francisco Borba Ribeiro Neto, sociólogo,
coordenador do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP.

Venho de uma daquelas famílias que respiram o magistério.  Sempre fui professor, minha mãe e meus tios eram professores. Durante anos ensinei na licenciatura, formando futuros professores. Greves e manifestações de professores não podem deixar de mexer comigo.
Minha mãe dizia que nunca faria greve, porque seus alunos tinham direito de aprender e não podiam ser penalizadas pelos erros dos adultos. Para ela, o magistério era um sacerdócio, uma vocação de doação às novas gerações.
Na universidade, um de meus professores, um dos marxistas mais bem preparados do curso e sempre coerente, escandalizou-nos ao dizer que era contra greves na educação. Greve, dizia ele, é para quem dá prejuízo ao patrão deixando de produzir. Se professores e alunos não produzem, os prejudicados são eles mesmos e a sociedade. Portanto, o que devem fazer é trabalhar e estudar ainda mais, para que o estudo seja realmente um instrumento de transformação da sociedade.
Diante do descalabro da educação no País, das más condições de trabalho e remuneração dos professores, tanto minha mãe como meu professor se posicionariam favoráveis aos protestos de seus colegas atuais e se mostrariam indignados com a repressão violenta que suas manifestações recebem em alguns casos.
Os professores não podem ficar calados diante da situação que está aí. Porém, anos de repetidas greves e manifestações pouco tem feito pela situação docente.
Ao mesmo tempo, as promessas e os planos dos governos têm tido sucesso na expansão do acesso à escola, mas pouco influem na qualidade da educação. Estudos internacionais, como o ranking mundial de educação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), recém-divulgado, colocam o Brasil em 60º lugar entre 76 países. O PIB de uma das nações mais ricas do mundo e a qualidade de educação das mais pobres!
Um sistema injusto penaliza os trabalhadores não apenas explorando-os com salários baixos e cargas de trabalho desumanas. Ele também os penaliza destruindo o sentido do trabalho, fazendo com que deixe de ser ocasião de construção da humanidade do trabalhador para se tornar apenas “coisa” a ser trocada no mercado.
Para minha mãe, educar era um ato sagrado, que enchia sua vida de sentido e sabor e a aproximava de Deus. Para meu professor, era parte de sua luta para transformar o mundo, e como tal também era ocasião de realização pessoal. Hoje, sei que muitos de meus ex-alunos gostariam de viver a docência assim, mas até esta possibilidade lhes foi tirada – tanto pelas más condições de trabalho quanto por uma mentalidade que esvaziou o sentido da educação.
Outras pesquisas têm mostrado que a educação é uma das maiores preocupações da população brasileira. Mas qual é o apoio que as pessoas e os movimentos sociais dão aos professores, quando estes reivindicam melhores condições de trabalho, ou às escolas, que estão em condições materiais e humanas críticas? Escolas que contam com mais interação e apoio da comunidade (presença pais e familiares, participação dos estudantes em atividades comunitárias, etc.) obtém resultados melhores do que outras que estão em situação semelhante, mas não tem este apoio.
Poucas profissões têm, como a educação, este caráter de “vocação”, de chamado para uma missão de dedicação às pessoas e transformação do mundo. Esta é uma riqueza que os professores não podem perder, que o Estado deve sustentar com políticas educacionais adequadas e toda a população deve apoiar com reconhecimento e colaboração.

Jornal “O São Paulo”, edição 3052, de 20 a 26 de maio de 2015.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Girl Rising: Filme mostra como a escola mudou a vida de meninas em 9 países

Lançado em março de 2013, o filme "Girl rising" conta a história de nove meninas de 7 a 16 anos que vivem em comunidades de países pobres (Camboja, Nepal, Índia, Egito, Peru, Haiti, Serra Leoa, Etiópia e Afeganistão) e lutam pela oportunidade de ir à escola.


Dirigido pelo indicado ao Oscar, Richard E. Robbins, o filme é produzido pela aclamada produtora Martha Adams e narrado por atrizes renomadas, como: Meryl Streep, Anne Hathaway, Kerry Washington, e Selena Gomez. Cada uma das nove histórias é contada por um roteirista renomado em seu próprio país.



Girls Rising mostra a força do espírito humano e o poder da educação para mudar uma menina - e o mundo. Milhões de meninas enfrentam barreiras que os meninos não precisam enfrentar para estudar. E de acordo com Justin Reever, um dos produtores do documentário, o filme mostra que dar às garotas acesso à educação é uma maneira de "quebrar ciclos de pobreza, acabar com longas tradições de injustiça e educar filhos e filhas de maneira igualitária". Nele, são contadas as histórias de garotas como Azmera, uma etíope que, aos 13 anos, se recusou a casar à força, Ruksana, uma menina que vivia nas ruas da Índia e cujo pai se sacrificou para garantir educação à filhas, e Wadley, uma menina de 7 anos que mora no Haiti e, mesmo sendo rejeitada pelos professores, volta à escola todos os dias para exigir seu direito de estudar. As outras protagonistas do documentário são Senna, uma poeta do Peru, Sokha, uma órfã do Cambódia, Suma, uma musicista do Nepal, Yasmin, uma pré-adolescente do Egito, Mariama, uma radialista de Serra Leoa, e Amina, que vive no Afeganistão.


Apesar de as histórias mostrarem vidas difíceis e impactantes, o filme traz uma mensagem de esperança.



Em uma pesquisa em vários países, os produtores de "Girl rising" visitaram diversas comunidades pobres para entender as causas da miséria e as alternativas e soluções para o problema. "Em comunidades presas em situações de pobreza, o que a gente encontrava é que havia muitas maneiras de acabar com esse problema, mas uma solução simples era educar as garotas", contou Justin em entrevista para o G1, em março de 2013. Foi assim que surgiu a ideia de encontrar e retratar histórias de meninas que ajudaram a transformar sua comunidade depois de receberem a oportunidade de ir à escola.

A escolha final das nove protagonistas foi feita pelas nove escritoras contratadas como autoras de cada capítulo. Elas também eram dos mesmos países e foram escolhidas para produzir os roteiros. As filmagens aconteceram entre 2010 e o fim de 2012. Ainda de acordo com Justin, o diretor Richard Robbins usou nove técnicas cinematográficas diferentes para dar a cada história um toque específico. O capítulo de Senna, a adolescente peruana estimulada por seu pai a se dedicar aos estudos, foi filmado em preto e branco, por exemplo. Ao contar a história da radialista Mariama, foram usados efeitos de animação.

Dirigidas por Richard Robbins, as protagonistas parecem atrizes experientes. "São lindas, talentosas diante da câmera, nos surpreenderam", elogia Justin. Para ele, apesar das situações sombrias ou perigosas, o filme não é triste. "Essas resilientes têm esperança e olham com beleza para a vida. O documentário deve ser visto assim." Há dez anos, Justin trabalhava no Equador, Chile e na Argentina com iniciativas de combate à aids quando percebeu que mulheres que recebem educação mudam a comunidade. "Quando soube do projeto de Girl Rising, me entreguei: tinha ligação com minha paixão por contar histórias. Aprendo com essas garotas e me emociono com o impacto que causam nas plateias." 

Fruto de uma parceria com o canal CNN, patrocinado pela empresa Intel, o filme foi lançado no Brasil em DVD em 2014, e também pode ser assistido pela Netflix. Um capítulo foi disponibilizado pela campanha global 10x10, que instituiu o Dia Internacional da Menina, em 11 de outubro. "Queremos que igrejas, ONGs e escolas discutam a educação." Basta acessar http://girlrising.com/see-the-film/index.html#watch-sennas-story para assistir o capítulo que conta a historia de Senna.



sexta-feira, 24 de abril de 2015

O que Toca à Psicologia Escolar – Maria Cristina Machado Kupfer

    Seria possível uma junção entre Psicologia Escolar e Psicanálise? Essa é a temática principal do texto de Maria Cristina Machado Kupfer, que se encontra no livro Psicologia Escolar: em Busca de Novos Rumos.
Como área de atuação em constante transformação, a Psicologia Escolar procura sempre definir sua identidade: Qual é o papel do psicólogo escolar?
    Nessa busca o psicólogo encontrou a Psicanálise. “A Psicanálise era vista como uma prática não ideológica, e o que se pretendia, com a Psicanálise era transformá-la em um auxiliar, na luta pela transformação social: um homem mais equilibrado teria mais condições para lutar por ela” (p.53). Porém, em meio a empasses e choques de opiniões sobre a utilização da Psicanálise na Escola, destacou-se uma justificativa: “se a Psicanálise não se importa com os determinantes sociais, é porque ela está operando com o sujeito do inconsciente, e não com o eu do sujeito.” Dessa forma, “o eu é constituído por identificações, e se molda a papéis sociais, se encaixa em tipos psicológicos, varia com as condições históricas. Para a Psicanálise, todo trabalho psicológico, seja ele realizado em uma psicoterapia individual, seja ele em uma instituição, tem como alvo esse eu, e não o sujeito do inconsciente. Mas é preciso não esquecer que esse eu não se confunde com o eu do cogito, da consciência. Ele possui partes inconscientes, e é basicamente uma instância de defesa, o que o toma ‘cego’.” (p.54).
    A Psicanálise, porém, coloca um limite claro quanto a suas possibilidades fora dos consultórios: não se pode criar métodos pedagógicos inspirados por ela, e não tem os mesmos objetivos de qualquer trabalho institucional.


O “Espaço Psi” na escola

    Primeiramente, a Psicanálise em que se deve basear não é a das fases psicossexuais do desenvolvimento, nem a que aponta as motivações inconscientes para o comportamento. “A partir do ensino de Jacques Lacan (1901-1981), psicanalista francês, alguns parâmetros passam a dirigir de modo mais preciso o trabalho do analista. O discurso – e não o comportamento – é o alvo da análise, e uma vez que o inconsciente se estrutura como uma linguagem, o analista estará operando com as leis de funcionamento da linguagem, e extraindo delas a eficácia de sua ação.” (p.55)
Aliás, toda a instituição está estruturada como uma linguagem, sujeita às leis de funcionamento da linguagem, podendo-se ler os discursos que ali se apresentam como se lê o discurso de um sujeito em análise.
    Nessa leitura psicanalítica, o fracasso escolar aparece como um processo de fixação das crianças em estereotipias. Resultado de uma falta de circulação discursiva, já que os discursos institucionais tendem a produzir repetições, preservando o igual e garantindo a sua permanência, cristalizando-o. E vez ou outra emergem falas de sujeitos que buscam fazer rachaduras no que está cristalizado. “É exatamente como ‘auxiliar de produção’ de tais emergências que um psicólogo pode encontrar seu lugar: eis o que pode propor uma Psicologia na escola que opere com parâmetros da Psicanálise.” (p.55)
    “A falta de circulação discursiva é o início do fim de uma instituição, já que, não podendo jamais ficar parada, não lhe sobrará outra alternativa a não ser recuar, e iniciar a sua atrofia. Independentemente dos alvos a que se propõe essa instituição, eles não serão atingidos.” (p.56) Quando há circulação de discursos há participação e, consequentemente, responsabilização pelo que fazem ou dizem, beneficiando-se dos efeitos de verdade e de transformação que surgem quando há espaço para falas singulares.

Parâmetros do “Espaço Psi”

1) O objetivo é abrir um espaço para a circulação de discursos;
2) O psicólogo terá autorização para intervir quando estiver criada a transferência, seu principal instrumento de ação;
3) O psicólogo não recusará nem atenderá a demanda, ele escutará a instituição (escuta psicanalítica);
4) Seu trabalho está na interseção da psicologia e pedagogia;
5) Sua ética é dirigir os trabalhos mas não as pessoas. Não faz uso político do poder que lhe confere a transferência

    Para o sucesso deste psicólogo é preciso posicioná-lo em posição privilegiada frente a instituição para que ele possa “recolocar” a palavra através do discurso indireto e não participação ativa. É a escuta ativa dos relatos. Esta transferência de discurso é rica em detalhes como estigmatização, preconceitos e expectativas. E um psicólogo que se baseia nessa leitura poderá assim, propor-se a criar condições para a produção de mudanças.
    “O trabalho do psicólogo cria na escola um espaço que não existe concretamente, que não é nem a sala de aula, nem a sala da diretora. Nem o pátio de recreio. Trata-se de um espaço montado, de um recorte a partir de todos os espaços da escola. É um novo espaço que se cria quando se entra na escola.” (p.59) São as transferências e as falas encadeadas que vão construindo o campo psi em que circulará o psicólogo.
    A mudança, aparentemente simples, vai além de um descolamento da psicometria, das recomendações, de um processo de orientação que ultrapassa os laudos repletos de resultados e prognósticos. Na verdade, uma junção entre a psicologia escolar e a psicanálise necessita antes de tudo, ser cuidadosamente articulada, com as precauções necessárias para um enriquecimento dos dois campos, até mesmo porque há diferenças entre os objetos de interesse, as finalidades, os procedimentos, os operadores e, principalmente, quanto aos sujeitos que demandam por esses saberes.

terça-feira, 31 de março de 2015

Leitura: “Psicologia Escolar: Em Busca de Novos Rumos”

    Como profissionais ou estudantes, todos nós sabemos da importância da leitura e da constante reflexão sobre temas que envolvem nossa atuação profissional. Pensando nisso, o livro “Psicologia Escolar: Em Busca de Novos Rumos” nos desafia a lutar por mudanças. Mudanças que passam pelo compromisso do psicólogo com a criança que deseja aprender. Publicado no ano de 1997, este livro é considerado um clássico da psicologia escolar!


    O livro apresenta um conjunto de textos escritos pela equipe do Serviço de Psicologia Escolar do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. As organizadoras do livro: Adriana Marcondes Machado e Marilene Proença Rabello de Souza e autores: Maria Cristina Machado Kupfer, Beatriz de Paula Souza, Cintia Copit Freller, Yara Sayão, Jaqueline Kalmus, Renata Laureti Guarido, Renata Paparelli.

    O tema principal do livro é a tentativa de superar a “leitura tradicional dos problemas de aprendizagem”, comumente praticada por psicólogos que atuam na área educacional. O grande desafio para os psicólogos é construir uma pratica que questione o processo de exclusão escolar em que a maioria dos alunos se encontram, a partir do uso de referenciais críticos de leitura da realidade.

    “Neste sentido, este livro procura preencher uma lacuna existente na área, atuando em três direções: a) a reflexão a respeito do processo de escolarização; b) o questionamento dos instrumentos de avaliação utilizados tradicionalmente pela psicologia quanto à queixa escolar; e c) a apresentação de propostas de atuação psicológica junto a educadores, crianças e adolescentes.”
Uma leitura que, sem dúvida, vale a pena. Um convite a um mergulho num campo de relações que produz o fortalecimento de práticas baseadas em um compromisso com o direito da criança à escolarização.

    Alguns Capítulos: 1. A Queixa Escolar e o Predomínio de uma Visão de Mundo; 2. As Crianças Excluídas da Escola: Um Alerta Para A Psicologia; 3. O Que Toca à/a Psicologia Escolar; 4. Crianças Portadoras de Queixa Escolar: Reflexões Sobre o Atendimento Psicológico; 10. As contribuições dos estudos etnográficos na compreensão do fracasso escolar no Brasil; 11. Para além dos muros da escola: as repercussões do fracasso escolar na vida de crianças reprovadas; 12. Mães contemporâneas e a orientação dos filhos para a escola.

    Um livro escrito por pessoas que, sem dúvida, se tornaram grandes nomes na psicologia escolar. Entre os autores está Maria Cristina Machado Kupfer, graduada em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (1974), Mestre em Psicologia Escolar , no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (1982) e doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (1990). Atualmente é Professora Titular da Universidade de São Paulo, e editora da revista Estilos da Clínica (USP). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Tratamento e Prevenção Psicológica, atuando principalmente nos seguintes temas: psicanálise, infância, pesquisa interdisciplinar, educação especial, autismo e psicose infantil. Contribuiu imensamente para a psicologia Escolar com inúmeros artigos e livros. É membro fundador do Lepsi Laboratório Interunidades de Estudos e Pesquisas Psicanalíticas e Educacionais sobre a infância.

    Marilene Proença, organizadora do livro, é  Membro da Diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (2002-2014) e Presidente Eleita para a gestão 2014-2016. Conselheira do Conselho Federal de Psicologia (2002 a 2004 e de 2011 a 2013).Vice-Presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia - ANPEPP. Realizou estágio Pós-Doutoral na York University, Canadá (2001-2002, 2007). É Bolsista Produtividade do CNPq, nível 1C. Atua na área de Psicologia Escolar e Educacional, pesquisando, principalmente, os seguintes temas: processos de escolarização, políticas públicas em educação, formação do psicólogo e de professores, problemas de aprendizagem e educação, direitos da criança e do adolescente; psicologia, sociedade e educação na América Latina.


Este livro pode ser encontrado em várias livrarias. Para mais informações:


Boa leitura!

terça-feira, 17 de março de 2015

SOJA PRODUZ VÍDEO EM PARCERIA COM A UNICEF EM CAMPANHA POR CRIANÇAS NA ESCOLA. ASSISTA!

    “Soldiers of Jah Army”, ou simplesmente SOJA é uma banda de reggae formada na Virginia, Estados Unidos. Nos discos e nos shows, a banda promove o que o vocalista Jacob Hempill chama de “mudança positiva”. “Primeiro é preciso que o homem queira mudar a situação atual, no quesito político, ambiental e social”, diz ele na biografia oficial da banda. “Eu canto para colocar todos na mesma direção, em um mesmo futuro.”




    Por toda história, as pessoas com mais conhecimento sempre tiveram grande destaque. É através da escola e da vida que engrandecemos nosso ser. Porém esta não é uma realidade atingível para muitas crianças no mundo, fazendo com que elas não consigam posição de destaque no meio em que vivem. A música Shadow da banda SOJA fala exatamente sobre a pessoa não ser apenas mais uma sombra e conseguir seu lugar de destaque, fazendo a diferença onde quer que esteja. Partiu então a ideia da produção de um vídeo com a música e em favor da iniciativa Out-of-Schooll Children, que visa angariar investimentos e suporte para crianças fora da escola nas regiões mais pobres do mundo e é promovida pela UNICEF.

   "Shadow é uma música para todas as pessoas em qualquer lugar do mundo. É sobre nos darmos conta de que somos todos iguais e devemos ser tratados dessa maneira. Educação deve ser um direito básico para todas as pessoas. estamos animados para lançar um clipe que destacará o poder da educação e a severa falta de acesso às escolas na Etiópia" -Trevor Young

   O vídeo da campanha foi gravado na Etiópia, onde mais de 3 milhões de crianças não frequentam as escolas. Aperte o play!



Pra saber mais sobre a iniciativa: http://www.unicef.org/education/bege_61659.html
Pra saber mais sobre a banda: http://sojamusic.com/

quinta-feira, 12 de março de 2015

XII CONPE e 37ª Conferência da Associação Internacional de Psicologia Escolar

    O evento com o tema Escola para todos: Políticas Públicas e Práticas dos Psicólogos, acontecerá de 24 a 27 de junho de 2015, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, na cidade de São Paulo.

As inscrições de trabalhos poderão ser feitas até dia 31 de março. Confira os prazos:

  • Inicio de inscrições de trabalhos: 15 de dezembro de 2014
  • Término: 31  de março de 2015
  • Aprovação dos trabalhos até: 15 de abril de 2015
  • Textos Completos: até 09 de maio de 2015
  • Divulgação da Programação online: 30 de maio de 2015
  • Programa Impresso: 24 de junho de 2015

Para Inscrições e mais informações:
Visite o website: http://www.conpeispa.com
Curta a página no Facebook: http://facebook.com/conpeispa


domingo, 8 de março de 2015

FILMES COM TEMA EM PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCAÇÃO

1. A onda (2008)
O filme “A onda” narra a história de Rainer Wegner, professor de ensino médio, deve ensinar seus alunos sobre autocracia. Devido ao desinteresse deles, propõe um experimento que explique na prática os mecanismos do fascismo e do poder. Wegner se denomina o líder daquele grupo, escolhe o lema “força pela disciplina” e dá ao movimento o nome de A Onda. Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros. Quando o jogo fica sério, Wegner decide interrompê-lo. Mas é tarde demais, e A Onda já saiu de seu controle. Baseado em uma história real ocorrida na Califórnia em 1967. (Fonte: http://www.cineplayers.com/filme.php?id=4957)





2. A maçã (1998)
O filme “A maça” narra a história verídica de duas irmãs gêmeas, Massoumeh e Zahra, trancafiadas em casa pelos pais – uma senhora cega e um senhor desempregado – durante 11 anos, o que as levou a um processo de atraso no desenvolvimento global. A prisão domiciliar era justificada por uma passagem de um texto religioso do Alcorão, segundo o qual as jovens são como pétalas, que fenecem ao contato do sol e não podem ser tocadas por homens. No filme, acompanhamos o drama dos pais (do pai, principalmente) para não ver as filhas ficarem sob a tutela do Estado. Ele tentará ensinar as meninas a desenvolver habilidades essenciais, como varrer o terreiro e fazer comida, para provar a uma assistente social que elas devem ficar com a família. O instigante é que não só a história das irmãs é verídica como os envolvidos no drama representam a si mesmos no filme. O pai, por exemplo, aceitou representar a si mesmo por acreditar que, assim, poderia defender seu nome, que fora, em sua opinião, caluniado.
 (Fonte: http://www.cinedica.com.br/Filme-A-Maca-13039.php)




3. Quando tudo começa (1999)  
O filme “Quando tudo começa” narra a vida de Daniel Lefebvre (Philippe Torreton), professor numa pequena cidade que sofre com o fechamento das minas de carvão e enfrenta uma alta taxa de desemprego. Daniel e os outros professores são aconselhados a não se envolver com os problemas da comunidade, mas é impossível para Daniel ignorar a miséria, a indiferença do governo e os sérios problemas domésticos que suas crianças enfrentam. Quando uma mãe aparece tão bêbada que acha melhor não levar os filhos pra casa, Daniel entra em contato com assistentes sociais, é ignorado e decide levar as duas crianças para sua casa. Ele então começa uma campanha contra o governo local, reivindicando condições mínimas de vida e dignidade para a população. Além de dificuldades pessoais, como a doença do pai, um ex-mineiro que sofre de enfisema, ele irá enfrentar enormes dificuldades burocráticas e a maquinação das autoridades educacionais. Menção Especial do Júri no Festival de Berlim de 1999.
(Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_21748_quando.tudo.comeca.html)





4. A culpa é do Fidel (2006)
O filme “A culpa é do Fidel” narra a história de Anna (Nina Kervel-Bey) que tem nove anos e vive uma vida tranqüila e confortável com seus pais, Marie (Julie Depardieu) e Fernando (Stefano Accorsi), sua babá e seu irmão caçula, François (Benjamin Feuillet). Mas sua vida bem organizada irá se complicar com a prisão de um tio espanhol, que era comunista convicto, e uma visita ao Chile do recém-eleito Salvador Allende.
(Fonte: http://filmow.com/a-culpa-e-do-fidel-t4142/)





5. Madadayo (1993)
O filme “Madadayo” narra a história do professor Hyakken Uchida (Tatsuo Matsumura) que resolve deixar de lecionar para poder se dedicar ao ofício de escritor. O professor é uma lenda vida entre alunos e ex-alunos, pelo seu espírito brincalhão e alegre, e constantemente recebe visitas de seus antigos pupilos. Ele e sua esposa (Kyôko Kogawa) alugam uma bela casa, mas logo ela é destruída em virtude dos ataques aéreos que o Japão sofre na Segunda Guerra Mundial. A partir de então eles se mudam para um barraco, onde vivia o jardineiro de uma mansão próxima. É quando seus ex-alunos, decididos a impedir que o professor continue com uma vida de misérie, decidem se unir para bancar a construção de uma nova casa para ele. Além disto passam a comemorar anualmente o aniversário do professor, reunindo amigos dele e ex-alunos para uma grande confraternização. (Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-8127/)



6. Neds (2010)
O filme “Neds” narra a vida de um estudante brilhante, que por conta das inúmeras chacotas de seus colegas de classe, começa a mudar sua vida fazendo escolhas erradas e se envolvendo com uma gangue de jovens, desta forma ele acaba colocando em risco um futuro promissor e de todos que estão a sua volta.
(Fonte: http://filmeshunter.com/drama/neds/)




7. O estudante (2009)
O filme “O Estudante” narra a aventura de Chano, um homem de 70 anos de idade, que acaba de se inscrever na universidade para estudar Literatura. Assim, se encontra com o mundo dos jovens, de costumes e tradições muito diferentes das suas. Porém, com Dom Quixote sempre como exemplo, Chano atravessa a barreira das gerações e faz novos amigos, torna-se um guia e ajuda a resolver seus problemas. Até que um forte golpe acontece em sua vida e serão agora seus jovens amigos, que terá que ajudá-lo a superar.(Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_22992_o.estudante.html)





8. O jarro (1992)
O filme “O jarro” do cineasta iraniano Ebrahim Foruzesh, narra a história de um jarro de água que serve para as crianças de uma escola no meio do deserto matarem a sede trinca, e a rachadura deve ser consertada. 
(Fonte: http://www.terra.com.br/cinema/drama/jarro.htm)
You tube: (http://www.youtube.com/watch?v=LC-S0fTMY-M)


9. Preciosa: uma história de esperança (2009)
O Filme “Preciosa” narra a história de uma jovem Claireece “Precious” Jones (Gabourey Sidibe) que sofre as mais diversas privações. Abusada pela mãe, violentada pelo pai e grávida de seu segundo filho, é convidada a frequentar uma escola alternativa, na qual vê a esperança de conseguir dar um novo rumo à sua vida.
(Fonte: http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/preciosa-uma-historia-de-esperanca/id/16266)



10. Um sonho possível (2009)
O filme “Um sonho possível” narra a história de Michael Oher (Quinton Aaron), um jovem negro vindo de um lar destruído, que é ajudado por uma família branca, liderada por Leigh Anne (Sandra Bullock) que acredita em seu potencial. Com a ajuda do treinador de futebol, de sua escola e de sua nova família, Oher terá de superar diversos desafios a sua frente, o que também mudará a vida de todos a sua volta.
(Fonte: http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/um-sonho-possivel/id/16160)



11. Elefante (2003)
O filme “Elefante” narra um dia aparentemente comum na vida de um grupo de adolescentes, todos estudantes de uma escola secundária de Portland, no estado de Oregon, interior dos Estados Unidos. Enquanto a maior parte está engajada em atividades cotidianas, dois alunos esperam, em casa, a chegada de uma metralhadora semi-automática, com altíssima precisão e poder de fogo. Munidos de um arsenal de outras armas que vinham colecionando, os dois partem para a escola, onde serão protagonistas de uma grande tragédia.
(Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_12322_elefante.html)



12. A língua das mariposas (1999)
O filme " A língua das mariposas" narra uma história que se passa na Espanha em 1936. Moncho, um garoto de 8 anos, tem medo de ir para a escola porque ficou sabendo que os professores batem nas crianças. Até que seu novo professor começa a dar aulas ao garoto em sua casa. Aos poucos, o menino conhece o professor e fica fascinado por seu caráter e por sua sabedoria. Porém, quando explode a Guerra Civil Espanhola, garoto desespera-se ao saber que seu mestre é perseguido.
(Fonte:http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/a-lingua-das-mariposas/id/10228)


13. A voz do coração (2003)
O filme " A voz do coração" narra a história de professor de música que  vai trabalhar numa rígida instituição de reeducação de jovens meninos. Com paciência, ele tenta melhorar suas vidas através da música. No entanto, ele terá que lutar para manter o coral dos meninos na ativa.
(Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_14884_a.voz.do.coracao.html)



14. Crianças invisíveis (2005)
O filme "Crianças invisíveis" é uma reunião de sete curtas-metragens, todos protagonizados por crianças de países diferentes, dirigidos por importantes cineastas, incluindo a brasileira Katia Lund.
(Fonte: http://www.baixalogofilmes.net/download-criancas-invisiveis-dublado/gratis/)


15. Entre os muros da escola (2008)
O filme "Entre os muros da escola" narra a história de François Marin (François Bégaudeau) que trabalha como professor de língua francesa em uma escola de ensino médio, localizada na periferia de Paris. Ele e seus colegas de ensino buscam apoio mútuo na difícil tarefa de fazer com que os alunos aprendam algo ao longo do ano letivo. François busca estimular seus alunos, mas o descaso e a falta de educação são grandes complicadores.
(Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-58151/)


16. Escritores da liberdade (2007)
O filme "Escritores da liberdade" narra uma instigante história, envolvendo adolescentes criados no meio de tiroteios e agressividade, e a professora que oferece o que eles mais precisam: uma voz própria. Quando vai parar numa escola corrompida pela violência e tensão racial, a professora Erin Gruwell combate um sistema deficiente, lutando para que a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes. Agora, contando suas próprias histórias, e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes supostamente indomáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo. Com eletrizantes performances de um elenco de astros, incluindo Scott Glenn (Dia de Treinamento), Imelda Stauton (Harry Potter e a Ordem da Fênix) e Patrick Dempsey (Grey's Anatomy), ganhador do Globo de Ouro. Escritores da Liberdade é basedo no aclamado best-seller O Diário dos Escritores da Liberdade.
(Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_16856_escritores.da.liberdade.htm)


17. Filhos do paraíso (1998)
O filme "Filhos do paraíso" narra a história de Ali (Amir Farrokh Hashemian), que  é um menino de 9 anos proveniente de uma família humilde e que vive com seus pais e sua irmã, Zahra (Bahare Seddiqi). Um dia ele perde o único par de sapatos da irmã e, tentando evitar a bronca dos pais, passa a dividir seu próprio par de sapatos com ela, com ambos revezando-o. Enquanto isso, Ali treina para obter uma boa colocação em uma corrida que será realizada, pois precisa da quantia dada como prêmio para comprar um novo par de sapatos para a irmã.
(Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-143441/)


18. Gênio indomável (1998)
O filme "Gênio indomável" narra a história de um jovem de 20 anos (Matt Damon) que já teve algumas passagens pela polícia e servente de uma universidade, revela-se um gênio em matemática e, por determinação legal, precisa fazer terapia, mas nada funciona, pois ele debocha de todos os analistas, até se identificar com um deles.
(Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-363/)


19. Half Nelson (2006)
O filme "Half Nelson" narra a história de Dan Dunne (Ryan Gosling) que trabalha como professor em uma escola secundária, localizada na vizinhança pobre do Brooklyn. Desiludido com a realidade, ele não cumpre o currículo padrão da escola e tenta, de alguma forma, incentivar seus alunos a estudar os direitos alcançados com a Guerra Civil americana. Para tanto Dan tenta ensiná-los a pensar por si próprios, incentivando a troca de trabalhos entre eles. Porém fora de sala Dan recorre às drogas para superar a desilusão. Um dia ele é pego, logo após uma aula, por uma de suas alunas, Drey (Shareeka Epps). Apesar da diferença de idade e das condições sociais, eles aos poucos tornam-se bons amigos.
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Half_Nelson)


20. Juventude transviada (1955)
O filme "Juventude transviada" narra a história de Jim Stark (James Dean) é, um bom rapaz, mas que acabou tomando rumo errado na vida sem motivo aparente - o que justifica o termo "rebelde sem causa" do título original. Seus pais sempre mudam-se de cidade para encobrir as besteiras que seu filho faz, porém Jim os confronta quando percebe que fez algo realmente sério desta vez. Em contraponto, acaba se apaixonando pela linda Judy (Natalie Wood), namorada do principal envolvido no caso errado de Jim.
(Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-1945/)


21. A primeira noite de tranquilidade (1972)
O filme "A primeira noite de tranquilidade" narra a história de Daniele Dominici, que é um professor de literatura que foi morar em Rimini. Ele ensina na universidade local e se apaixona por uma aluna, chamada Vanina Abati, que parece ser uma pessoa magoada demais. Logo depois ele compreenderá o passado escuro dela, ligado à prostituição e a um namorado rico que a maltrata. Juntos tentarão começar uma nova vida longe de tudo.
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/La_prima_notte_di_quiete)


22. Mentes perigosas (1995)
O filme "Mentes perigosas" narra a história de uma oficial da marinha (Michelle Pfeiffer) que abandona a carreira militar para realizar o antigo sonho de ser professora de inglês. Mas o grupo de alunos rebeles que tem pela frente logo na primeira escola em que leciona será capaz de colocar à prova todo seu treinamento e experiência adquiridos na caserna.
(Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_13892_mentes.perigosas.html)
You tube: http://www.youtube.com/watch?v=YkFBLnbIQWQ


23. Meu mestre minha vida (1989)
O filme "Meu mestre minha vida" narra a história do professor Joe Clark (Morgan Freeman) que é convidado pelo seu amigo Frank Napier (Robert Guillaume) a assumir o cargo de diretor em uma problemática escola de Nova Jersey. Autoritário e arrogante, Clark comanda com pulso firme e com métodos pouco ortodoxos, as vezes até violentos. Dessa forma, ele consegue com que alguns alunos da escola, que sofre com problemas de tráfico de drogas e violência, passem no exame de final de ano realizado pelo governo. Mesmo fazendo o bem para os alunos, seus métodos contraditórios atraem admiradores mas também inimigos.
(Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-63964/0)


24. Mr Holland - adorável professor (1995)
O filme "Mr Holland - adorável professor" narra a história de um músico (Richard Dreyfuss), que decide começar a lecionar, para ter mais dinheiro e assim se dedicar a compôr uma sinfonia. Inicialmente ele sente grande dificuldade em fazer com que seus alunos se interessem pela música e as coisas se complicam ainda mais quando sua mulher (Glenne Headly) dá luz a um filho, que o casal vem a descobrir mais tarde que é surdo. Para poder financiar os estudos especiais e o tratamento do filho, ele se envolve cada vez mais com a escola e seus alunos, deixando de lado seu sonho de tornar-se um grande compositor. Passados trinta anos lecionando no mesmo colégio, após todo este tempo uma grande decepção o aguarda.
(Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-14359/)


25. Nenhum a menos (1998)
O filme "Nenhum a menos" narra as dificuldades encontradas por uma menina de 13 anos quando tem de substituir seu professor, que viaja para ajudar a mãe doente. Antes de partir, ele recomenda à garota que não deixe nenhum aluno abandonar a escola durante sua ausência. Quando um garoto desaparece da escola, a jovem professora descobre que ele deixou o vilarejo em direção à cidade em busca de emprego, para ajudar no sustento da família. Seguindo os conselhos de seu professor, ela vai atrás do aluno.Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1999.
(Fonte: http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/nenhum-a-menos/id/9042)



26. O carteiro e o poeta  (1994)
O filme "O carteiro e o poeta" narra a história de Mario (Massimo Troisi) que  é um carteiro que, ao fazer amizade com o grande poeta Pablo Neruda (então exilado político), vira seu carteiro particular e acredita que ele pode se tornar seu cúmplice para conquistar o coração de uma donzela. Descobre, assim, a poesia que sempre existiu em si, assemelhando-se às descobertas de verdade pelos meios dialéticos de Sócrates-Platão. O filme se passa em uma ilha na costa italiana. Massimo Troisi, que morreu aos 41 anos horas após o término das filmagens, não pôde ver o enorme reconhecimento mundial que o filme teve, com as 5 indicações para o Oscar, incluindo Melhor Filme, Diretor e Ator, em 1995.
(Fonte: http://www.modro.com.br/cinema/filmes/ocarteiro.htm)


27. O sorriso de Monalisa (2002)
O filme "O sorriso de Monalisa" narra a história de Katharine Watson (Julia Roberts) que é uma recém-graduada professora que consegue emprego no conceituado colégio Wellesley, para lecionar aulas de História da Arte. Incomodada com o conservadorismo da sociedade e do próprio colégio em que trabalha, Katharine decide lutar contra estas normas e acaba inspirando suas alunas a enfrentarem os desafios da vida.
(Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-40141/)


28. Oleanna (1994)
O Filme "Oleanna" narra o drama de dois protagonistas, um professor universitário e uma aluna que vai mal no curso, dividido basicamente em três diálogos: o inicial em que o professor oferece ajuda à aluna - o que é interpretado por ela como assédio; o segundo no qual ele a confronta sobre a acusação; e o terceiro quando, já expulso da faculdade onde lecionava, o homem busca, pela última vez, resolver a situação.
(Fonte: http://filmow.com/oleanna-t21868/)



29. Pro dia nascer feliz (2005)
O documentário "Pro dia nascer feliz" aborda sobre as diferentes situações que adolescentes de 14 a 17 anos, ricos e pobres, enfrentam dentro da escola: a precariedade, o preconceito, a violência e a esperança. Foram ouvidos alunos de escolas da periferia de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco e também de dois renomados colégios particulares, um de São Paulo e outro do Rio de Janeiro. 
(Fonte: http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/pro-dia-nascer-feliz/id/13949)
You tube: http://www.youtube.com/watch?v=aHLCX8SYaeM


30. Somos todos diferentes (2007)
O filme "Somos todos diferentes" conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo. As letras dançam em sua frente, como diz, e não consegue acompanhar as aulas nem focar sua atenção. Seu pai acredita apenas na hipótese de falta de disciplina e trata Ishaan com muita rudez e falta de sensibilidade. Após serem chamados na escola para falar com a diretora, o pai do garoto decide levá-lo a um internato, sem que a mãe possa dar opinião alguma. Tal atitude só faz regredir em Ishaan a vontade de aprender e de ser uma criança. Ele visivelmente entra em depressão, sentindo falta da mãe, do irmão mais velho, da vida… e a filosofia do internato é a de disciplinar cavalos selvagens. Inesperadamente, um professor substituto de artes entra em cena e logo percebe que algo de errado estava pairando sobre Ishaan. Não demorou para que o diagnóstico de dislexia ficasse claro para ele, o que o leva a por em prática um ambicioso plano de resgatar aquele garoto que havia perdido sua réstia de luz e vontade de viver.
(Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_24136_Somos.Todos.Diferentes.Como.Estrelas.Na.Terra-(Taare.Zameen.Par).html)
You tube: http://www.youtube.com/watch?v=aHLCX8SYaeM



31. The Edukators (2003)
Jan (Daniel Brühl, de Adeus Lênin!), Peter (Stipe Erceg) e Jule (Julia Jentsch) são três amigos inseparáveis. Jan e Peter dividem o mesmo apartamento e uma militância política bastante original. Acreditando que é indispensável assumir alguma atitude para mudar o mundo, os dois rapazes fazem bem mais do que participar de todas as passeatas antiglobalização do calendário. Clandestinamente, invadem mansões vazias, mudam de lugar todos os móveis e deixam atrás um misterioso bilhete: "Seus dias de abundância estão contados", assinando-o como "Os Edukadores". Paralelamente, Jule encara privações financeiras desde que bateu seu carro no Mercedes de um ricaço, o empresário Hardenberg (Burghart Klaußner), e foi condenada a ressarci-lo pelo caríssimo conserto, o que ela considera uma tremenda injustiça.
(Fonte: http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/edukators/id/12098)


32. Sociedade dos poetas mortos (1989)
O filme "Sociedade dos poetas mortos" narra a história que se passa em 1959 na Welton Academy, uma tradicional escola preparatória,  um ex-aluno (Robin Williams) se torna o novo professor de literatura, mas logo seus métodos de incentivar os alunos a pensarem por si mesmos cria um choque com a ortodoxa direção do colégio, principalmente quando ele fala aos seus alunos sobre a "Sociedade dos Poetas Mortos".
(Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-5280/)


33. Ser e Ter (2002)
O documentário "Ser e ter" aborda sobre os estudantes de uma escola rural da França, do jardim da infância até o último ano do primário, dos quatro aos 11 anos. O período mostra as crianças em pleno processo de formação do conhecimento e da identidade pessoal, acompanhando-as em sua transição do universo familiar para um ambiente no qual é levado em conta sua individualidade sem pressupostos.
Fonte:( http://www.interfilmes.com/filme_15526_ser.e.ter.html)
You tube: http://www.youtube.com/watch?v=yiOru-N2nMg


34. O preço do desafio (1988)
O filme "O preço do Desafio" narra a saga de heróis da vida real, determinados a ter êxito num desafio para poucas pessoas: o exame Nacional de Cálculos Avançados. Edward James Olmos (indicado ao Oscar de Melhor Ator em 1988) nos dá uma performance extraordinária como indômito Jaime Escalante, um professor de matemática numa escola em East Los Angeles, o Garfield High, que se recusa a rotular seus estudantes de subúrbio como fracassados. Escalante é persuasivo, empurra, ameaça e inspira 18 garotos que estão lutando com as frações para se tornarem mestres da matemática. Lou Diamond Philips e Andy Garcia co-estrelam este " Rocky, o lutador das salas der aula" (Pat Collins, WWOR-TV). Não há dúvidas a respeito: você vai parar e divertir-se.
(Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_20799_o.preco.do.desafio.html)


35. Happy Feet (2006)
Entre os pinguins imperador você apenas é alguém se souber cantar. Isto causa grande preocupação a Mano (Elijah Wood), considerado o pior cantor do mundo e também um grande sapateador. Norma Jean (Nicole Kidman), sua mãe, gosta do sapateado de Mano mas Memphis (Hugh Jackman), seu pai, acha que "isto não é coisa de pinguim". Além disto seus pais sabem que caso Mano não encontre sua "canção do coração" ele talvez nunca encontre o verdadeiro amor.
(Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-52416/)